sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Por Heráclito, Morri (Título de um luto póstumo ao viver desenfreado de outrora)

(Senti como se tivesse chorado, chorado rios imensos, chorado corpo inteiro, chorado)

Chove
na cidade perfeita
já não se sabe mais se se está sóbrio
pois na verdade jamais o estamos
e cada frase cai como uma pincelada
Que incrível é a escrita, reduzir este universo inteiro em uma palavra
em uma baforada,
em um gesto,
correr! gritar! pular e dançar!
está tocando música meus amigos
está tocando música: é o silêncio
pare e olhe.

As lágrimas do céu estão borrando o estático
estão querendo fazê-lo retornar à vida que representa

e tudo é só: "um momento"
estou só? solipsismo, me agüente!
cavaleiro do apocalipse
vou me afundar em um mar de palavras
descrever a morte súbita do aprendiz
tenho como mestra a realidade
fechar os olhos? para quê?
quero todas as milformas do impensado
quero chorar mais o desnecessário
há tanto o que relatar. Mas sou eu o observador
Sou eu refletido no olhar alheio que sou meu palco.
Represento para mim mesmo! Amo o espelho:
é meu amigo, sou eu!

Um comentário:

  1. nao entendo patavinas de filosofia, entao algumas partes eu deleto, como o titulo

    gostei da emocao, isto é, tem emoção, oq nao eh mto recorrente por aqui.

    "Sou eu refletido no olhar alheio que sou meu palco."

    fantástico. acho q vc deveria ir mais por aí.

    ResponderExcluir