sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Página 4

Espanto-me com minha própria (?) voz, desusada desde a eternidade

O gesto de destampar a caneta envolve uma construção:
Arroubo de improviso!
Ah! As pessoas passando não sabem, não, não sabem
esse saber ingênuo, das letras aqui desenhadas.
Com certeza.
Se idolatro, se idolatrarei, se idolatrei, se ídolo crio,
Ah, homenageio-o neste atuar.
Vivo minha obra,
Tentando esmiuçá-la para fazer juz a tão infindável abismo descrito saltando.
Hoje, estou aqui marcando partituras do meu mapa,
carta cartográfica aos coloridos daquela escada.
Degrau por degrau,
subindo na horizontal,
esquivo um bocejo,
rio um devaneio.

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