Vou gritar aqui
ADEUS!
Que se morra o inverno!
Eu não agüento mais o desespero fútil dos que não foram Ah,
meus filhos.
Ah, meus filhos, Vão-se embora para fim!
Que suas perucas largas estão afogando meu mar de sonhos
E eternamente penso: quem são os dois carinhos dois
Quem são os meus, quem é o eu e tu não sabes?
Barril de paródias soltas eu!
Despejo teu conteúdo na massa,
Na, no sufoque expectativo -
Matar o desejo da comparação:
Não - me - com - pre - en - da !
Azul.
o texto faz mais sentido quando lido de cabeça para baixo.
ResponderExcluirfica lindíssimo.
fiquei em dúvida se voce está sendo sarcastico ou nao.
ResponderExcluirminha boca gosta de falar essas palavras.
e os ultimos versos meio que dizem a que veio essa falta de sentido toda.
nao foi sarcasmo nao, li de cabeça para baixo e é muito bom também.
ResponderExcluirCaro andrezinho,
ResponderExcluirsinto que fui frio de mais ao tentar imitar o seu modo de fazer críticas. A verdade é que nunca me importei muito com a influência do que você diz no que eu escrevo: assim: o texto eh esse, foi isso que saiu, excessivo ou nao, moralista ou nao, lispectoriano ou nao, impossitivo ou nao: acho mesmo que nao me importo muito porque você não é mesmo o tipo que me leria: só penso na forma como meio de elaborar o que em mim ainda são sentimentos obscuros. É por isso que nao tem máscara. É por isso que eu mesmo me imponho à interpretação daquelas metáforas: porque acho mesmo que eu sou o meu maior leitor.
Quanto aos seus textos, acho que agora entendi o espírito: sao feito vinho: mas as bocas sao tao diferentes! O que quero dizer é que esse Caos I, por exemplo, pode ser delicioso na sua recitação
Você nao gostar dos meus textos é mais do que esperado, é muito possível: e nao porque eu seja contemporaneo e você um cartesiano idiota, nem vice-versa, mas apenas porque estamos usando a escrita com intenções diferentes. Lembre-se: eu odeio o academicismo. E você me parece querer viver dele. E na verdade dizer que eu choco é bobeira: queria mesmo é ser compreendido.
Direito de resposta:
ResponderExcluirno meu texto "Em nome do filho", quis falar de um sentimento obscuro e nunca anunciado: infantil sim: que é quando queremos levar esporrinho do papai e da mamae, da professora, queremos chamar a atencao deles, e quando o fazemos coramos, tímidos, e nos sentimos bem, atendidos, e pior: sentimos deixamos aquela pessoa continuar na posição de superior: simplesmente porque eu nao aguentaria ser melhor que ela, nao a principio: e por isso o texto é bem infantil
Acho que se o texto for bem lido eu cumpri meu objetivo. De novo: caguei para a forma.
P.S. Quando fala de Nietzsche eu pressuponho que você o tenha lido. Porque você fala com muita propriedade de Clarice mas tenho certeza que pouco a leu. Cuidado: isso é javanes.