sábado, 22 de março de 2008

Perguntas

As pessoas fazem perguntas estúpidas. Perguntam por que usar chapéu. Como por quê? É uma contradição em termos. Podiam perguntar quando usar chapéu. Ou onde. Às vezes perguntam por que fumar cigarros. Como por quê? Podiam perguntar o que é fumar cigarros. Fumar cigarros já implica sua própria necessidade. As pessoas dissociam o fazer de suas razões, e fazem, e não sabem o porquê. Não há o porquê. Há quando. E onde. E outras dessas perguntas estúpidas e acabou. Já ouvi perguntas como: por que as pessoas bebem vinho, por que se embriagam? Meus caros, vocês sabem o que é fazer tudo isso? Sabem o que é beber, se embriagar, rir das perguntas esdrúxulas e bolar respostas sem atenção, só para encher as páginas de letras? Não sabem. Aí perguntam: mas então, por que não sabemos? Por que não saberíamos? Por que nos escondem tanta sabedoria? Por que, por que, por quê?! Não perguntem! Fumem! Bebam! Usem seus chapéus como se fossem pipas, e quando o vento bater derrubando-os bêbados e lhes roubando os chapéus, atirando toda a fumaça na cara, vão todos poder amaldiçoar as forças da natureza, e correr para o bar, para a tabacaria, para a chapelaria, e juntar-se a outros tantos desconhecidos para maldizer o mundo.

A verdade é que as pessoas perguntam demais. E só perguntam perguntas estúpidas. Na verdade, só existem perguntas estúpidas. Por que será?


O ponto de interrogação deve ser o sinal mais infeliz.
Ou o mais estúpido.
Ainda bem que os estúpidos são ingênuos e felizes hehehehehe.

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